NEABI: Dia dos Povos Originários é comemorado com debates e atividades artísticas e culturais

A programação alusiva do Dia dos Povos Originários celebra a representatividade, valorizando as vozes, culturas e saberes ancestrais que constroem a verdadeira identidade dos povos indígenas / Arte: Ascom IFRR /

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (Neabi/CBV/IFRR) desenvolve, até 30 de abril, uma extensa programação alusiva ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril, que neste ano tem como tema “Abril da Resistência Indígena”. As atividades ocorrem no complexo de artes, na Praça das Iguanas e no auditório do CBV.

Segundo o coordenador do Neabi, professor Heitor Claro da Silva, as manifestações culturais e artísticas dos povos originários são elementos ricos e representativos de valores inestimáveis. “O Neabi realiza atividades em torno da valorização das culturas originárias dos povos que construíram o Brasil, antes e hoje, a partir das suas falas, palestras, exposições, documentários, oficina de pintura, danças. É importante para o sentimento de representatividade no IFRR a participação de indígenas, artistas indígenas, professores indigenistas e estudantes nas atividades programadas”, disse.

Organizada por meio da articulação com outros setores do CBV/IFRR, a programação faz parte do calendário anual de atividades do núcleo e tem como objetivo revisitar a história dos povos originários a partir do contexto amazônico, destacando suas lutas, resistências e conquistas culturais e territoriais.

A Ação Saberes Indígenas na Escola do CBV, que também integra a programação, é referência na formação continuada de professores indígenas e na promoção de discussões sobre a garantia de direitos dos povos originários. Para a coordenadora da ação no campus, Marilene Fernandes, a programação contribui para o fortalecimento das ações afirmativas no IFRR. “A programação se constitui em um momento de extrema importância para a valorização da diversidade cultural, do respeito às tradições e da promoção da consciência crítica sobre a história e os direitos dos povos originários. No contexto educacional, especialmente dentro da instituição, a semana representa uma oportunidade única de ouvir, aprender e refletir a partir das vozes indígenas, muitas vezes silenciadas ao longo da história”, declarou.

Programação

Exposições étnicas, palestras, apresentações de danças indígenas, exibição de filmes, roda de conversa e mostra de curtas-metragens são algumas das atividades programadas. Além disso, no dia 14, primeiro dia de atividades, foi dado início aos trabalhos de elaboração do Projeto Pedagógico do Curso Magistério Indígena Proeja pela comissão mista composta por servidores do IFRR, da Fundação Nacional do Índio (Funai/Brasília) e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), além de formadores da Ação Saberes Indígenas na Escola e representantes dos povos indígenas.

“A comissão de elaboração do PPC tem como objetivo pensar uma proposta que atenda às especificidades do povo ianomâmi por meio do magistério indígena”, explicou Marilene.

Proeja

O Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação de Jovens e Adultos (Proeja) pode ser adaptado para atender às demandas de educação escolar indígena, oferecendo cursos que combinem a formação básica com a educação profissional.

Já o Proeja Indígena tem como base a formação integral que prepara o indígena para o exercício profissional em sua comunidade, levando em consideração que esse povo desenvolve formas próprias de reproduzir e transmitir saberes, possuindo idiomas próprios. 

Confira a programação completa:

VIRGINIA ALBUQUERQUE