Centro de Acolhimento ao Autista da ALE-RR ganha nova sede para atender população

Espaço vai funcionar na Avenida Santos Dumont, nº 1193, bairro São Francisco, em Boa Vista / Foto: Marley Lima /

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) vai inaugurar, nesta quinta-feira (14), a partir das 16h, a nova sede do Centro de Acolhimento ao Autista (TEAMARR), destinado a atender pacientes com o transtorno e outras condições atípicas do neurodesenvolvimento. O espaço vai funcionar na Avenida Santos Dumont, nº 1193, bairro São Francisco, em Boa Vista.

Para a presidente do Programa de Atendimento Comunitário, ao qual o TEAMARR é vinculado, a deputada Angela Águida Portella (Progressistas), a nova sede vai fortalecer o trabalho voltado para o autismo. Segundo ela, o espaço, mais bem localizado, é maior e terá serviços ainda mais eficazes.

“Estar neste novo espaço nos assegura levar um atendimento mais humanizado para as famílias que necessitam. Estávamos num local que não era tão central, os pais nos pediram um lugar mais acessível. Estamos felizes em poder voltar ao nosso trabalho que é tão importante e por ter atendido a essa demanda”, disse.

O trabalho do Centro de Acolhimento ao Autista auxilia no diagnóstico de pessoas com condições atípicas, ou seja, uma equipe multidisciplinar (psicólogo, psicopedagogo, fisioterapeuta, nutricionista) faz uma avaliação comportamental e instrui a família para buscar um profissional que emita o laudo para o autismo ou outro transtorno. Há também atendimento para as famílias que vão até a unidade com um laudo em mãos.

“A expectativa é continuar atendendo cada família com muito amor, respeito e profissionalismo, para termos uma sociedade mais justa e que entenda as diferenças. O TEAMARR cumpre um papel social extremamente importante. Queremos também trazer profissionais de outros estados para capacitar quem atua nessa rede”, complementou Angela Águida Portella.

Neste primeiro momento, o TEAMARR realizará a atualização cadastral de quem já é atendido pelo programa, assim como organizar o cronograma de atendimento aos beneficiários. Novas inscrições serão divulgadas pelo Centro de Acolhimento ao Autista pelos meios de comunicação da Assembleia Legislativa.

Conhecer para acolher

Além disso, a unidade realiza capacitações e oficinas com pais e profissionais da educação para melhorar o ambiente escolar. O intuito é compartilhar conhecimento para tornar as escolas um local de acolhimento e respeito. Também foram feitas audiências públicas com temas relacionados aos transtornos e como os Poderes podem reforçar as políticas públicas.

“Nós queremos que sejam difundidas as informações sobre o autismo e outras condições atípicas, porque só podemos acolher melhor, se tivermos conhecimento. É um processo de conhecer para acolher, e isso só vai acontecer se nós trabalharmos para fortalecer as instituições públicas”, enalteceu.

Para este ano, a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, presidida pela deputada Angela Águida Portella, deve debater no Plenário da Casa outros temas relacionados à inclusão social. Para a parlamentar, o Legislativo é um espaço essencial para discutir com instituições públicas, organizações da sociedade civil e as famílias, caminhos que permitam melhorar o atendimento a quem precisa.

“As audiências de 2023 foram primordiais para alinharmos ações não só do TEAMARR, mas também, por exemplo, pedir por uma sala sensorial no aeroporto, durante uma visita que fizemos, e, mais recente, em audiência com o ministro da Previdência, Carlos Lupi, cobrar a necessidade de que mães de autistas tenham acesso a benefícios sociais. Isso só é possível porque o Parlamento abre as portas”, encerrou.

Neste ano, servidores do Centro de Acolhimento ao Autista participaram de uma formação em Manaus, com especialistas na área do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Também passaram por uma capacitação de dois dias na Assembleia Legislativa de Roraima, para o retorno das atividades.

JOSUÉ FERREIRA