CASO ROMANO: Nilton diz que votará pela cassação de Jalser, que rebate: "prefiro a morte do que apertar a sua mão"

O embate entre os dois parlamentares ocorreu na sessão desta terça-feira, 21, da ALE-RR, que ainda está em andamento / Fotos: Reprodução/TV Assembleia /

A sessão desta terça-feira, 21, da ALE-RR (Assembleia Legislativa de Roraima) fugiu da tranquilidade dos últimos meses e deu lugar a pronunciamentos 'apimentados', protagonizados pelos deputados deputado Nilton Sindpol (Patri) e Jalser Renier (Solidariedade). Foi a primeira vez que Jalser Renier usou a tribuna desde que perdeu o mandato de presidente da ALE-RR no final de janeiro deste ano.

Nilton começou parabenizando os policiais civis que participaram da Operação Politze, que culminou no cumprimento de mandados de busca e apreensão contra policiais militares acusados de participar do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos em 26 de outubro do ano passado.

O parlamentar também lamentou envolvimento de policiais militares lotados gabinete do ex-presidente da ALE-RR, deputado Jalser Renier. "É motivo de vergonha para a corporação", afirmou, acrescentando que caso seja comprovada a participação de Jalser no caso, votará pela mantenção da sua prisão e cassação do mandato.

Em aparte, a deputada Lenir Rodrigues (PPS) alertou Nilton Sindpol que o Plenário da ALE-RR não é lugar para julgamentos e que esse papel cabe ao Judiciário.

Nilton justificou o pronunciamento afirmando ser uma resposta às pessoas que perguntaram sobre seu posicionamento nesse caso.

"Prefiro a morte do que apertar a sua mão ou chamá-lo de amigo", rebate Jalser

A resposta ao pronunciamento de Nilton veio a galope. Pela primeira vez desde que perdeu a presidência da ALE-RR no final de janeiro deste ano, Jalser Renier usou a tribuna virtual para falar sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e se defender das acusações de envolvimento no caso Romano dos Anjos.

Jalser começou falando sobre a decisão do STF e disse que foi vítima de articulação política de "pessoas de mal caráter" para tirá-lo da presidência da ALE-RR, mas que respeita decisão do Supremo.

O parlamentar lamentou que, dentre os demais presidentes de assembleias legislativas que foram reconduzidos, alguns deles "até oito vezes", ele foi o único a ser penalizado, mas que continuará impetrando recursos enquanto for possível.

"Foi uma decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes. "Não reconheço Soldado Sampaio como presidente da Assembleia Legislativa de Roraima", afirmou, acrescentando que cumprirá qualquer que seja a decisão da Suprema Corte.

Sobre o Caso Romano dos Anjos, Jalser Renier disse que nunca atentou contra a vida de ninguém e que repudia qualquer ato dessa natureza. O parlamentar disse que foi vítima de ação política orquestrada pelo deputado Nilton Sindpol e pelo delegado João Evangelista.

"O delegado João Evangelista é conhecido como 'louco' na Polícia Civil. O senhor é um irresponsável e o senhor vai pagar por isso", ameaçou e, se dirigindo a Nilton do Sindpol a firmou cateroricamente: "Prefiro a morte do que apertar a sua mão ou chamá-lo de amigo".

Ao final do pronunciamento, Jalser lembrou que, com sete mandatos, é o decano da Casa e que pelo menos deveria ter o respeito dos colegas. Ele disse também confiar no restabelecimento de seu mandato como presidente da Mesa Diretora da ALE-RR. Ele finalizou que permanecerá de forma virtual até a decisão final do STF.

=> CLIQUE AQUI para conferir os pronunciamentos.

WIRISMAR RAMOS - da Redação (e-mail: opinativa.net)
Categoria:Política

Deixe seu Comentário