Polícia Civil deflagra operação “Cérbero” para prender três homens acusados de favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável
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12/02/2025 20H46

Os policiais continuam as diligências para prender um terceiro investigado, que está foragido / Foto: Divulgação/PCRR /
Desde as primeiras horas desta quarta-feira, dia 12, a PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) realiza diligências, na Capital e em um sítio na região do Surrão, no município do Cantá, no âmbito da “Operação Cérbero” para cumprir três mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar. Dois homens acusados de favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável foram presos no bairro Senador Hélio Campos.
Os policiais continuam as diligências para prender um terceiro investigado, que está foragido.
Participaram das diligências policiais do DPE (Departamento de Polícia Especializada), do DOPES (Departamento de Operações Especiais), por meio do GRT (Grupo de Resposta Tática) e da DG (Delegacia-Geral).
De acordo com informações prestadas pelo delegado adjunto da DPCA, Matheus Rezende, a operação Cérbero é um desdobramento da Operação Hagnos, deflagrada pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), em novembro de 2024.
Naquela ocasião, duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em um esquema de exploração sexual infantil. A investigação teve início em 13 de novembro de 2024, após uma mãe procurar a delegacia para denunciar o abuso sofrido pela filha de 13 anos.
De acordo com o relato da mãe da vítima, a menina foi aliciada pela acusada R.R.S.M., de 34 anos, que induzia crianças e adolescentes à prática da prostituição. A mulher também utilizava a própria filha, de 11 anos, para cooptar outras vítimas. Um dos envolvidos, R.D.Q., de 37 anos, se aproveitava da vulnerabilidade das vítimas, oferecendo dinheiro e presentes em troca de favores sexuais.
Segundo as investigações, o esquema funcionava com encontros marcados pela acusada, em um bar, localizado em um bairro na zona Oeste da Capital. O local era utilizado como ponto de encontro onde os suspeitos buscavam as vítimas e as levavam para pousadas e motéis. A investigada, além de aliciar as crianças, também se beneficiou financeiramente da exploração.
DESDOBRAMENTO
Ainda de acordo com informações prestadas pelo delegado Matheus Rezende, a partir da operação Hagnos em novembro, as diligências tiveram continuidade e foram identificadas mais duas vítimas, de 13 e 14 anos, e outros três homens passaram a ser investigados sob suspeita dos crimes de favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável.
“A operação Cérbero tem como objetivo principal coibir a exploração sexual de crianças e adolescentes. No caso em questão, os investigados se utilizavam da vulnerabilidade social e econômica das vítimas e com elas mantinham relação sexual, utilizando de graves ameaças e violência física. Em razão disso a Polícia Civil, por meio da DPCA, representou pela prisão preventiva dos investigados para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal. Os pedidos foram deferidos pela Vara de Vulneráveis, os mandados foram expedidos e dois foram cumpridos hoje. O terceiro investigado se encontra foragido e diligências estão em andamento para prendê-lo”, disse.
As diligências para prender os infratores foram realizadas no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste da Capital. Os três homens são vizinhos e dois deles foram localizados e não esboçaram reação ao serem abordados em cumprimento ao mandado de prisão preventiva. Trata-se de M. S. S., de 57 anos, e W. A. C., de 24 anos. Diligências foram realizadas na Capital e na área rural do Cantá para prender Z. S. B., de 36 anos, que ainda não foi localizado.
O delegado Matheus Rezende enalteceu a participação dos policiais envolvidos na ação.
“Os esforços empreendidos pela equipe da DPCA têm apresentado resultados significativos, com a prisão de inúmeros agressores sexuais ao longo dos últimos meses e a desarticulação de redes criminosas que operam de forma sistemática nesse tipo de crime. Importante ressaltar que estamos comprometidos em continuar essa luta de forma incessante”, disse.
Os dois homens presos foram conduzidos à sede da DPCA, onde tiveram suas prisões formalizadas. Eles serão apresentados nesta quinta-feira, dia 13, na Audiência de Custódia.
OPERAÇÃO CÉRBERO: Na mitologia grega, Cérbero é o cão de três cabeças que guarda a entrada do submundo. A relação com os três infratores é simbólica, pois cada uma de suas cabeças representa um agressor. Além disso, o nome da operação simboliza a luta para revelar o que está oculto e visa desmascarar crimes, especialmente os sexuais, que ocorrem nas sombras.
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Polícia Civil desarticula grupo armado ligado ao tráfico de drogas no Bairro Nova Canaã
A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) e do DENARC (Departamento de Narcóticos), durante uma operação que teve início na tarde de ontem, dia 12, desarticulou grupo de venezuelanos suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e porte ilegal de armas de fogo no bairro Nova Canaã. Dois homens foram presos em flagrante e apreendidas armas e drogas.
A ação policial foi coordenada pelo delegado adjunto da DRE, Júlio César da Rocha. Segundo ele, a residência foi identificada como possível entreposto de entorpecentes e armas, servindo como “quartel-general” para o planejamento de crimes, incluindo tráfico de drogas e roubos.
As investigações realizadas pela equipe de policiais, a partir de denúncias anônimas, segundo o delegado, apontaram que havia uma intensa movimentação na residência no bairro Nova Canãa. Para os policiais, o fluxo constante de pessoas no local era típico de pontos de comércio de entorpecentes.
“A abordagem foi desencadeada após um veículo Volkswagen Gol chegar à residência. Três indivíduos desceram do carro, levantando a suspeita da equipe policial. O motorista do veículo, identificado como condutor de aplicativo, relatou que os passageiros haviam embarcado no bairro Raiar do Sol carregando uma mochila. Diante das evidências e do histórico do local como ponto de armazenamento de drogas e armas, os policiais decidiram realizar a incursão”, detalhou o delegado.
No quintal da residência, os policiais encontraram várias pessoas, incluindo dois venezuelanos armados.
Durante a abordagem, W. E. Y., de 35 anos, foi flagrado portando dois revólveres calibre 38, um deles com a numeração suprimida. Já J. D. M. Z., de 24 anos, carregava uma pistola Glock calibre .45 municiada. No local, também foram encontradas porções de cocaína.
Segundo o delegado, no dia 1º de agosto de 2024, o acusado J. D. M. Z., foi preso no bairro Operário, pela DRE, juntamente com outros dois homens por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. Naquela ocasião os policiais apreenderam uma pistola PT 100 calibre .40 furtada.
“Essa operação foi fundamental para desarticular esse grupo criminoso que vinha atuando em Roraima na base do tráfico de drogas. O local já era monitorado devido às denúncias, e a ação permitiu a retirada de armas de fogo das mãos de criminosos, o que é essencial para garantir a segurança da população”, destacou o delegado Júlio César.
O material apreendido, incluindo armas, munições e celulares, foi encaminhado à DRE. Contra os suspeitos foi lavrado um APF (Auto de Prisão em Flagrante) pelo artigo 16 da Lei nº 10.826/2003, que trata do porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, sem autorização e com numeração suprimida.
“Além das prisões, conseguimos reunir informações que podem levar a um desdobramento com a prisão de outros envolvidos na rede criminosa. O tráfico de drogas alimenta outros crimes, como roubos e homicídios, e operações como essa são essenciais para enfraquecer essas organizações”, acrescentou o delegado.
Na manhã desta quarta-feira, dia 12, eles foram apresentados à Audiência de Custódia. A Justiça homologou a prisão em flagrante e decretou a prisão preventiva. Ambos foram encaminhados ao sistema prisional.
“A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar possíveis conexões do grupo com outras organizações criminosas. O cidadão que perceber movimentações estranhas em sua vizinhança, pode fazer contato com a equipe da DRE. As denúncias podem ser feitas pelos números de WhatsApp (95) 99159-3481 e (95) 99126-6347, com garantia de sigilo”, concluiu.
DA REDAÇÃO
Categoria:Polícia