Polícia Civil de Roraima prende estelionatário e busca cúmplice foragida
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17/10/2024 19H45
A Polícia pede a ajuda da população para localizar a cúmplice, Eryca Menezes Carneiro, de 31 anos / Foto: Divulgação/PCRR /
A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DDCON (Delegacia de Defesa do Consumidor), cumpriu na manhã desta quinta-feira, dia 17, dois mandados de prisão e dois mandados de busca e apreensão contra um casal acusado de estelionato. A prática criminosa, que consiste em empréstimos com promessas de comissões, gerou prejuízos de aproximadamente R$ 740 mil às vítimas.
O investigado R. A. C., de 27 anos, foi preso em sua residência, enquanto sua cúmplice, Eryca Menezes Carneiro, de 31 anos, não foi encontrada e é considerada foragida.
As investigações já ocorrem há dois meses e estão sendo presididas pelo Delegado Adjunto da DDCON, Eduardo Alves Patrício, sob a coordenação do delegado titular Rodrigo Gomides.
COMO FUNCIONAVA A DINÂMICA DO CRIME
Eduardo Patrício destacou que as investigações tiveram início há dois meses, após diversos boletins de ocorrências registrados na DDCON, relatando golpes aplicados pelo casal. A dupla utilizava uma empresa de empréstimo consignado para atrair vítimas, a maioria delas pessoas vulneráveis, como idosos, indígenas e deficientes, oferecendo empréstimos.
“Quando o valor dos empréstimos era creditado nas contas das vítimas, os dois solicitavam esses valores emprestados sob a promessa de que, após dois ou três dias, devolveriam o dinheiro com uma comissão. No entanto, eles não devolviam os valores nem pagavam a comissão prometida, causando prejuízos às vítimas que ainda precisam pagar as parcelas dos empréstimos junto às agências bancárias”, detalhou o delegado.
Apenas na DDCON, o delegado informou que foram registrados sete boletins de ocorrências contra os acusados, e, ao contabilizar registros em outras delegacias, o número total de ocorrências chegou a 28.
“Algumas vítimas acionaram o Poder Judiciário na tentativa de reaver parte dos valores, mas sem sucesso até o momento. O investigado, em seu interrogatório, alegou que não conseguiu honrar com os pagamentos porque "não tinha mais dinheiro", afirmando que o montante foi usado, em grande parte, para a compra de um veículo”, disse o delegado.
Tendo em vista a gravidade das denúncias e a continuidade delituosa que vinha sendo praticado pelo casal, o delegado Eduardo Patrício representou pelo mandado de prisão preventiva contra eles, que foram deferidos pela Justiça.
“O mandado de prisão do acusado foi cumprido com sucesso, e ele está sendo encaminhado para a sede da Custódia da Polícia Civil e, amanhã, será apresentado na Audiência de Custódia”, destacou.
Ainda segundo o Delegado, R. A. C., foi preso logo após sua soltura.
“Ele havia sido preso no dia 1º de agosto quando foi acusado de coagir uma pessoa idosa a assinar uma procuração. O alvará de soltura dele saiu ontem e hoje cumprimos o mandado judicial contra ele”, disse.
Eduardo Patrício disse ainda que quanto a acusada Eryca, que está foragida, as investigações continuarão com o objetivo de localizá-la e cumprir o mandado de prisão em aberto.
“Realizamos diligências tanto na Capital, quanto na área Rural de Bonfim para prendê-la. Decidimos divulgar o nome dela e sua imagem, tendo em vista o fato de estar foragida e, assim, solicitar o apoio da população para localizá-la. As denúncias podem ser efetuadas ao telefone 095-98414-1629”, disse o delegado.
Para que outras pessoas não caiam em golpes similares, o delegado Eduardo Patrício orienta às pessoas a evitarem consignar empréstimos com empresas que não conhecem, e, também emprestar recursos com promessas de supostas comissões. Também orientou a registrar boletins de ocorrências para que as investigações possam prosseguir e mais detalhes sobre o esquema criminoso sejam revelados.
DA REDAÇÃO
Categoria:Polícia