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Operação da PF apura esquema de fraude e corrupção em processos seletivos da UERR

Publicada em: 14/10/2025 12:28 -

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, um deles contra o ex-reitor Regys Freitas / Foto: Divulgação/PF /

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (13/10), a operação que apura um esquema de fraude e corrupção em processos seletivos da Universidade Estadual de Roraima (UERR).

As investigações, apontam indícios de manipulação de resultados em vestibulares e concursos públicos, com favorecimento indevido de candidatos por meio de acesso privilegiado às provas com direcionamento de vagas.

Conforme a Folha BV, um dos alvos da Operação Meritum é o ex-reitor Regys Freitas.

Entre as medidas cautelares autorizadas pelo Poder Judiciário estão buscas e apreensões, quebra de sigilo telemático e afastamento de servidores de suas funções na UERR. Também foi determinada a instauração de sindicância administrativa para apuração de irregularidades funcionais.

OUTRO LADO:

Em nota enviada à imprensa, a UERR não nega as acusações, mas diz que "reafirma seu compromisso com a verdade factual e a justiça procedimental, colaborando com todas as instâncias de controle e auditoria, internas e externas, com total abertura e respeito". Leia abaixo a nota na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Transparência, Responsabilidade e o Compromisso com a Verdade.

Nos últimos meses, a Universidade Estadual de Roraima (UERR) tem enfrentado um período de intensas análises internas e de questionamentos públicos. Como instituição pública de ensino superior, nossa força está exatamente na capacidade de enfrentar as adversidades com serenidade, transparência e compromisso ético — valores que sustentam o fazer universitário em sua essência.

É natural que, em momentos de crise ou de transição, surjam dúvidas, ruídos e versões fragmentadas dos fatos. É nesse cenário que se impõe o dever moral de separar o joio do trigo: distinguir, com clareza e responsabilidade, o erro eventual da má-fé, o equívoco humano da intenção dolosa, a crítica legítima da desinformação que fere reputações e instituições.

A UERR reafirma seu compromisso com a verdade factual e a justiça procedimental, colaborando com todas as instâncias de controle e auditoria, internas e externas, com total abertura e respeito. Essa postura não é de defesa pessoal, mas de preservação institucional — porque a Universidade é maior do que qualquer indivíduo, e sua credibilidade é um bem público que deve ser protegido com rigor.

Reafirmamos, ainda, que nenhum ato administrativo, técnico ou financeiro pode ser avaliado fora de seu contexto. A gestão pública é complexa, e o cumprimento das normas deve caminhar lado a lado com a boa-fé e o interesse público. Quando erros ocorrem, devem ser corrigidos; quando injustiças se insinuam, devem ser desfeitas com serenidade e prova documental.

O que se busca, portanto, não é o confronto, mas a restauração da confiança. E isso se faz com trabalho, transparência e diálogo. A UERR continuará firme na missão de formar cidadãos críticos, éticos e comprometidos com a sociedade roraimense, sem se desviar de seus princípios nem se calar diante da injustiça.

Como diz o antigo provérbio, “a verdade é o trigo que permanece quando o vento passa”. E é com esse espírito — o de quem acredita no valor do que permanece — que seguimos.

DA REDAÇÃO


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