As prisões ocorreram na manhã desta terça-feira (22), no bairro Centenário, em Boa Vista / Foto: Ascom/PCRR /
Investigações diligenciadas pela PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual), culminaram no cumprimento de mandado de prisão
contra J.M., de 49 anos, e S.F.D.S., de 59 anos na manhã desta terça-feira, dia 22, no bairro Centenário, em Boa Vista.
As prisões foram cumpridas sob a coordenação do delegado titular da Polinter, Alexandre Matos, em determinação da decisão da Vara de Crimes Contra Vulneráveis e a Vara de Execução Penal do TJRR (Tribunal de justiça de Roraima).
S.F.D.S., foi condenado a 16 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado por estupro de vulnerável da própria filha, na época com 12 anos de idade.
Segundo relato da vítima, durante a investigação, após perder a mãe em 2005, ela e os irmãos foram levados pelo pai, em 2007, para morar com uma tia materna em Boa Vista. A decisão, segundo contou, foi tomada para que as crianças pudessem estudar.
À época dos fatos, em depoimento, a adolescente informou que no período em que residiu junto com sua tia, de 2007 a 2012, quando tinha entre 07 e 11 anos, vinha sofrendo insistentes assédios sexuais por parte de seu primo de 27 anos e sempre negava as investidas.
Ainda de acordo com ela, em uma festa de comemoração familiar, na qual os familiares estavam ingerindo bebida alcoólica, a tia fez a adolescente se embriagar. Tal fato, oportunizou a consumação do abuso sexual pela primeira vez aos setes anos, onde a vítima foi levada pelo primo até um quarto, onde manteve relação sexual com ele. A partir disso, os abusos sexuais se tornaram frequentes.
Após denunciar o fato, o pai levou-a para residir consigo, onde a vítima relatou ter sido alvo, novamente, de abuso sexual. Desta vez, praticado pelo próprio pai.
Em 2014, segundo ela, buscou apoio na residência de um colega de escola e, após alguns dias, confidenciou o que havia acontecido à irmã de uma amiga da escola, que a ajudou a formalizar a denúncia na delegacia.
Por causa disso, a adolescente passou a residir com a avó no município de Bonfim.
A Polinter cumpriu a segunda prisão com a localização de J.M. O homem foi condenado a dois anos, quatro meses e quatro dias de reclusão em regime fechado, por furto qualificado. O crime aconteceu no dia 2 de junho de 2005, em uma igreja localizada no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste de Boa Vista.
De acordo com a investigação, o homem violou os cadeados e a corrente do portão da igreja para entrar no local. Em seguida, furtou 35 cadeiras de plástico que pertenciam à instituição religiosa.
Durante o interrogatório, J.M. confessou o crime com riqueza de detalhes. Ele afirmou que retirou 30 cadeiras do interior da igreja e levou até a casa onde morava na época.
O acusado relatou ainda que vendeu as cadeiras por R$ 5,00 cada, totalizando R$ 150,00 reais.
Com a condenação decretada pela Justiça, os homens foram levados à sede da Polinter, local em que as prisões foram formalizadas pela PCRR.
Os dois serão apresentados nesta quarta-feira, dia 23, na Audiência de Custódia.
DA REDAÇÃO