Quadrilha especializada em furtos com "Chapolin" é presa em Manaus com apoio da Polícia Civil de Roraima
Postado
03/06/2025 18H58

O Chapolin é um dispositivo eletrônico que bloqueia o travamento remoto de veículos / Foto: Ascom/PCRR /
Uma ação integrada entre as Polícias Civis de Roraima, por meio da Delegacia de Rorainópolis e do Amazonas, por meio do 9º DIP (Distrito Integrado de Polícia) resultou na prisão de três indivíduos, suspeitos de envolvimento em diversos furtos em veículos, utilizando o dispositivo eletrônico conhecido como "Chapolin" (equipamento que bloqueia o sinal de travamento remoto de veículos).
O trabalho teve início após a Delegacia de Rorainópolis, no sul de Roraima, receber a informação de que três pessoas oriundas de Boa Vista teriam furtado R$ 25 mil em espécie, além de outros objetos de dentro de um veículo estacionado no pátio de uma loja da cidade. A vítima relatou que o carro não apresentava sinais de arrombamento e que só percebeu o furto quando notou o desaparecimento do controle do portão e dos demais itens.
“Recebemos a informação de que esses três criminosos estariam vindo para Rorainópolis e iniciamos várias diligências para identificá-los e localizá-los ainda em Rorainópolis”, explicou.
Ainda segundo o delegado, com o avanço das investigações, e com apoio direto do agente de polícia André Henrique Martins, foram solicitadas imagens de câmeras de segurança de um posto de combustíveis da cidade. O material revelou que o trio suspeito já tinha passado por Rorainópolis e estava a caminho de Manaus.
Durante o levantamento, segundo o delegado, foi possível identificar um dos envolvidos: J. W. S. M., que possui 29 registros de procedimentos policiais. A equipe roraimense localizou possíveis endereços do suspeito na capital amazonense e, com articulação do agente André Henrique, foi possível a parceria com o delegado Fabiano Rosas, titular do 9º DIP, que emitiu ordem de missão para sua equipe.
Ainda segundo o delegado Rick Silva, os policiais amazonenses localizaram J. W. S. M., acompanhado de J. A. S. A., e I. F. S. G., em um veículo preto modelo Polo, no bairro São José, zona leste de Manaus. Ao serem abordados, os três confessaram envolvimento no furto ocorrido em Boa Vista.
Além deste caso, a mesma quadrilha é suspeita de praticar um segundo furto, também em Rorainópolis, em que aproximadamente R$ 30 mil foram subtraídos de uma caminhonete, igualmente utilizando o aparelho eletrônico conhecido como Chapolin, que também é popularmente chamado de “chupa-cabra”.
Para o delegado, essa ação integrada é “mais um exemplo da importância da cooperação entre forças policiais interestaduais no combate ao crime organizado e demonstra a eficiência das investigações realizadas pela Polícia Civil de Roraima”.
“Nosso trabalho foi fundamental para identificar os autores, levantar as informações e compartilhar com os colegas do Amazonas. A atuação rápida da nossa equipe, com destaque ao agente André Henrique, permitiu a prisão de criminosos que já vinham atuando em diversos estados da região Norte”, destacou o delegado de Rorainópolis.
As investigações seguem para apurar a participação do grupo em outros furtos semelhantes em Roraima.
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Polinter cumpre dois mandados de prisão contra condenados por tráfico de drogas e organização criminosa
A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual), sob a coordenação do delegado Alexandre Matos, cumpriu dois mandados de prisão contra condenados pela Justiça por crimes ligados ao tráfico de drogas, associação criminosa e outros delitos. As ordens judiciais têm como base sentenças com trânsito em julgado.
Um dos presos foi F. A. C. S., de 41 anos, condenado por tráfico de drogas, associação para o tráfico, receptação e corrupção de menores a 8 anos, quatro meses e 12 dias de reclusão. O homem foi preso na última sexta-feira, dia 30, no bairro Jardim Equatorial. O crime praticado por ele ocorreu em janeiro de 2016, em uma residência localizada no bairro da Balança, no município de Pacaraima. No local, que funcionava como ponto de venda de entorpecentes, também estavam outros cinco envolvidos.
Durante a ação policial à época, foram apreendidos 122 invólucros de cocaína (pasta base), além de diversos objetos de origem criminosa, como eletrodomésticos e ferramentas, utilizados como pagamento pela droga. As investigações revelaram ainda a participação de um adolescente, cooptado pelos criminosos para atuar como "olheiro", caracterizando o crime de corrupção de menores.
Já a segunda prisão foi de S. C. A. O., de 26 anos, foi condenada inicialmente a 13 anos e 5 meses de reclusão. No entanto ela recorreu e a sentença definitiva foi estabelecida em 9 anos, 10 meses e 15 dias. A sentença resulta das investigações da Operação Érebo, deflagrada pela Polícia Federal em 2017, que desarticulou um grupo criminoso composto por 44 pessoas ligadas a uma organização criminosa.
Segundo os autos, a mulher exercia a função de “geral disciplinar da rua” e atuava no controle das atividades da organização criminosa. Monitoramentos e interceptações telefônicas comprovam sua atuação na venda de entorpecentes e sua influência dentro da facção. Em interrogatório, a ré confessou sua participação no esquema criminoso.
O mando de prisão dela, por sentença definitiva foi emitido e cumprido no último dia 30, pela equipe da Polinter, no bairro 31 de Março.
Os dois, após a localização e prisão, foram conduzidos à sede da Polinter, onde tiveram os mandados formalizados. Posteriormente foram apresentados na Audiência de Custódia, onde tiveram as prisões homologadas e foram apresentados no Sistema Prisional.
DA REDAÇÃO
Categoria:Polícia