Polícia Civil de Roraima realiza operação contra agente acusado de estupro de vulnerável contra a enteada
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18/01/2025 18H46
Em escuta especializada, a vítima confirmou os abusos e relatou que sua mãe gravou um dos episódios / Foto: Ascom/PCRR /
Uma ação enérgica da PCRR (Polícia Civil de Roraima) foi desencadeada, após uma denúncia anônima acusar o agente de Polícia Civil do quadro da União C.A.V.S., de estupro de vulnerável contra a enteada de 11 anos. A operação conjunta envolve a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente), DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e foi coordenada pela Corregepol (Corregedoria-Geral de Polícia), por meio da Seção Correicional e com o apoio do GRT (Grupo de Resposta Tática). Um mandado de busca e apreensão foi cumprido ao longo desta sexta-feira, dia 17, e buscas estão em andamento para prender o agente, que está foragido.
A investigação teve início na DPCA desde o dia 06 de janeiro deste ano, quando o delegado Matheus Rezende, recebeu a denúncia de que C.A.V.S., estaria abusando sexualmente da enteada há anos, com a conivência da mãe da vítima, A. P. S. R., de 28 anos. Segundo a denúncia, em certa ocasião a mulher teria registrado em vídeo os abusos contra a filha, para utilizar em eventuais ameaças contra o suspeito.
O delegado informou ainda que foi instaurado Inquérito Policial para esclarecer o crime. No entanto, destacou, de acordo com as informações obtidas durante a investigação, esta não seria a primeira vez que o agente estaria envolvido em práticas abusivas. Há indícios de que ele já teria cometido abusos contra outras pessoas, o que amplia a gravidade do caso e reforçou a necessidade de uma apuração mais rigorosa.
A vítima, em escuta especializada, confirmou os abusos e relatou que sua mãe gravou um dos episódios. A partir disso, a DPCA e a Corregedoria representaram pela prisão preventiva do agente e da mãe, além de solicitar medidas de busca e apreensão e a quebra de sigilo telemático. O juiz responsável decretou a prisão preventiva do agente e autorizou as medidas solicitadas, mas negou o pedido de prisão da genitora.
Segundo o delegado, o agente de Polícia é investigado por estupro de vulnerável e a mãe da vítima por omissão, registro e armazenamento de pedopornografia.
No início das investigações, o casal foi ouvido na DPCA e ambos negaram as acusações. Atualmente o agente está afastado de suas funções e é considerado foragido. Desde ontem, equipes policiais realizam diligências para localizá-lo e cumprir o mandado de prisão. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram apreendidos materiais que podem contribuir para as investigações.
“A criança está sob a guarda do pai. A primeira vez que ela relatou sobre os abusos foi para a nossa psicóloga. Ele intimidava a criança, dizendo que se ela o denunciasse, tanto ele, quanto a mãe dela, seriam presos. Realizamos os encaminhamentos dela para a maternidade, para o Conselho Tutelar e atendimento psicossocial”, detalhou o delegado.
Ainda segundo o delegado Matheus Rezende, independentemente do investigado ser policial civil, a Polícia Civil de Roraima mantém seu compromisso inabalável de combater qualquer tipo de crime, especialmente os de abuso contra crianças e adolescentes.
“A Polícia Civil vai investigar e responsabilizar todos os envolvidos, sem qualquer distinção. Nós vamos cortar na carne, porque o nosso dever é garantir justiça e proteção às vítimas. Toda a ação da DPCA teve o acompanhamento da Corregedoria-Geral de Polícia”, declarou o delegado.
O corregedor-geral em exercício, Glauber Carneiro Lorenzini, adotou providências no âmbito administrativo disciplinar contra o policial, com a instauração de um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar).
DA REDAÇÃO
Categoria:Polícia