Prisão ocorreu no final da tarde desta sexta-feira (10), no bairro Ayrton Rocha, em Boa Vista / Foto: Divulgação/PCRR /
A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DGH (Delegacia-Geral de Homicídios) e do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), cumpriu no final da tarde desta sexta-feira, dia 10, no bairro Ayrton Rocha um mandado de prisão temporária contra A.P.S., de 21 anos, investigado como o mandante do homicídio de Ruan Dayllon Gomes Oliveira, de 18 anos, ocorrido no dia 9 de setembro de 2025, no bairro Ayrton Rocha, em Boa Vista.
As investigações, coordenadas pela delegada Luciana Machado Matos Kulay, apontaram que o crime foi motivado por uma disputa relacionada ao tráfico de drogas e à atuação de facções criminosas na zona Oeste da capital. De acordo com os levantamentos, a vítima teria sido confundida com outra pessoa que era o verdadeiro alvo da execução, o que reforça o grau de periculosidade e a desorganização dos grupos envolvidos.
“Desde o início das diligências, a equipe da DGH e DHPP reuniram provas e depoimentos que permitiram esclarecer a dinâmica do crime e identificar quem ordenou a execução. Trata-se de um homicídio praticado com características típicas de acerto de contas, o que demonstra a presença de facções atuando em determinadas áreas da cidade”, explicou a delegada Luciana Kulay.
As investigações reconstruíram a dinâmica do homicídio: um homem em uma bicicleta aproximou-se da residência da vítima, perguntou onde poderia comprar cachaça e foi atendido por Ruan. Segundo testemunhas, ao abrir o portão e convidar o visitante com a frase “entra aí, meu brother”, o jovem foi surpreendido pelos disparos à queima-roupa. Outros tiros atingiram a janela de uma casa próxima. O autor abandonou a bicicleta e fugiu em direção à esquina, onde um comparsa o aguardava em uma motocicleta.
O autor dos disparos foi identificado como integrante de uma facção criminosa e teria agido a mando de A.P.S., conhecido no meio policial por comandar pontos de venda de entorpecentes e ordenar ataques contra desafetos.
“A identificação do mandante foi possível graças ao cruzamento de informações, depoimentos e levantamentos de inteligência, que confirmaram sua ligação com os executores e com a facção criminosa que atua na região do bairro Nova Cidade”, acrescentou a delegada.
Diligências foram realizadas para localizar o investigado, que havia fugido de Boa Vista. A delegada representou pela prisão temporária, prontamente deferida pela Justiça.
Após o cumprimento do mandado, A.P.S. foi conduzido ao DHPP, onde foi qualificado e interrogado, mas negou qualquer envolvimento no crime. Ele será apresentado à Justiça em audiência de custódia neste sábado, dia 11.
A delegada Luciana Kulay agradeceu o apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário pela agilidade e presteza na análise do pedido de prisão, destacando que a integração entre as instituições tem sido essencial para o enfrentamento da criminalidade organizada no Estado.
“As diligências continuam em andamento até a conclusão do inquérito policial, que vai apontar os executores e demais envolvidos no homicídio”, finalizou a delegada.
DA REDAÇÃO