A entrega dos itens aconteceu na manhã desta sexta-feira (10) no Auditório do IERR, em Boa Vista / Foto: Secom-RR /
A PCRR (Polícia Civil de Roraima) realizou, nesta sexta-feira, dia 10, a restituição de 105 celulares furtados ou roubados no Estado, aos seus legítimos proprietários. A entrega dos itens aconteceu no Auditório do IERR (Instituto de Educação de Roraima), em Boa Vista. A ação foi coordenada pelo delegado titular do 2º DP (Distrito Policial), Alberto Correia de Oliveira, com apoio do DPJC (Departamento de Polícia Judiciária da Capital) e NI (Núcleo de Inteligência) e demais distritos policiais.
A Operação Mobile é uma ação nacional deflagrada desde 2024 pelo Concpc (Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil), em parceria com o MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) e a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).
Em dezembro de 2024, na primeira edição, a operação Mobile recuperou 128 aparelhos de telefones.
Nesta segunda edição, a Polícia Civil restituiu 105 telefones furtados os roubados. Participaram da ação o 1º, 2º, 3º, 4º e 5º Distritos Policiais, além do Plantão Central I e o Núcleo de Inteligência.
O diretor do DPJC, Fernado Olegário, destacou que o telefone celular é uma ferramenta de trabalho, de estudo e armazena dados pessoais, bancários, e-mails que são suscetíveis a golpes.
“Por conta dessa consciência a nível nacional e todas as Polícias Civis do Brasil resolveram fazer uma operação voltada para recuperação desses aparelhos furtados ou roubados. Hoje estamos realizando a entrega de mais de 100 aparelhos de telefones recuperado”, disse.
Ainda segundo Olegário, esse trabalho se deu inicialmente através de mensagens que foram disparadas pela equipe do Núcleo de Inteligência, para os celulares identificados que foram roubados ou furtados e depois reabilitados.
“Nós temos esse cadastro e demos a oportunidade a essas pessoas que reabilitaram esses telefones, que não tinham conhecimento de que eram produtos de crimes, para que fossem a uma delegacia e entregar esses telefones, para que não fossem responsabilizados criminalmente como receptadores. É importante frisar, que ainda dá tempo de devolverem. Quem foi intimado, pode procurar a Delegacia mais próxima, para que não sejam responsabilizados criminalmente”, disse.
Para o diretor, o momento era de “uma sensação de dever cumprido”, mas que não para.
“Essa é uma operação contínua porque todos os dias a gente recebe registros de furto e roubo de celular. A Operação veio para mostrar a credibilidade da Polícia Civil. Muitas pessoas, que estão hoje recebendo seus aparelhos de volta, estão nos relatando que não tinham mais esperança de receber o seu celular. Hoje viram que realmente a Polícia Civil está fazendo o seu papel"
O coordenador da Operação, delegado Alberto Correia de Oliveira Filho, destacou que os aparelhos devolvidos foram recuperados tanto por meio das investigações, quanto por meio dos disparos de mensagens das pessoas que estavam na posse desses objetos que constam no sistema da polícia como roubados ou furtados.
“Hoje, a Polícia Civil está devolvendo mais de 100 aparelhos aos seus proprietários. Alguns aparelhos foram recuperados. Esse é o uso da tecnologia a favor da investigação. A pessoa que está na posse de um aparelho com registro de roubo e furto, recebe uma notificação para se apresentar na delegacia mais próxima e mostra que está de boa-fé, que a pessoa está por algum motivo na posse desse objeto, mas que não tem o dolo de receptar, de ficar com esse objeto para si. Isso vai contar a favor dessa pessoa no momento da investigação. E aqueles que receberam as mensagens e não devolveram podem responder por receptação e a polícia vai buscar, vai fazer a busca ativa desses aparelhos”, disse
INVESTIGAÇÕES
As investigações para rastrear e localizar os aparelhos foram baseadas em boletins de ocorrência registrados entre dezembro de 2024 e junho deste ano.
Posteriormente, segundo Ricardo Pedrosa, chefe do Núcleo de Inteligência, foram realizados disparos de mensagens às pessoas que estavam usando esses telefones, para que se apresentassem na Delegacia mais próxima de sua casa, onde os celulares foram entregues.
Para o delegado-geral em exercício, Luciano Silvestre é importante o cidadão registrar o Boletim de Ocorrência.
“Essa operação reforça a importância de registrar boletins de ocorrência para que possamos investigar, localizar e devolver os aparelhos aos seus proprietários, desestimulando o comércio ilegal de celulares no país”, disse.
VÍTIMAS DESTACAM A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO
O evento contou com a presença de vítimas que receberam seus celulares de volta. Para Ernandes Morais da Silva, o telefone celular é um instrumento de trabalho.
“É dolorido perder isso. Mas graças a Deus eu recuperei. Onde eu fui roubado é um ambiente que tem câmera. Não estava mais acreditando e pelo que vejo, a Polícia Civil fez um trabalho bom e eficiente”, disse.
Ele contou que o telefone foi furtado de sua casa e decidiu procurar a Polícia, mas que achava que “não daria em nada”.
“Imaginei que não teria o telefone recuperado e estou muito grato pelo trabalho da Polícia Civil. Tenho outro telefone que foi furtado e não registrei o Boletim de Ocorrência e agora farei isso, pois a Polícia Civil mostrou que está trabalhando”, disse.
DA REDAÇÃO