Programação em parceria com o grupo internacional Senzala vai celebrar Festival Tempo de Bamba no próximo sábado (4) / Foto: Eduardo Andrade /

Vinte alunos de capoeira do Centro de Convivência da Juventude (CCJuv), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), serão batizados em uma cerimônia especial marcada para o próximo sábado, 4 de outubro, no polo Buritis, a partir das 18h30.

O batismo faz parte do Festival de Capoeira Tempo de Bamba, realizado pelo grupo internacional Senzala, em parceria com o CCJuv. Serão batizadas também mais outras 20 pessoas do público em geral, totalizando 40 capoeiristas.

O contramestre Maycon Araújo, que dá aulas de capoeira no CCJuv, disse que a programação será uma celebração da cultura popular brasileira e contará com a participação de 150 capoeiristas da comunidade roraimense, além de um dos fundadores do grupo Senzala, mestre Garrincha.

“Vamos ter roda de capoeira, roda de samba, apresentações de Maculelê [manifestação cultural afro-brasileira originária da Bahia], que é uma dança guerreira dos tempos da escravidão. O momento será um verdadeiro encontro com a cultura brasileira, então o público está convidado para prestigiar”, acrescentou.

Transformação social

Atualmente, o Centro de Convivência da Juventude oferece capoeira em três polos: Buritis, Pedra Pintada e Senador Hélio Campos. As aulas são destinadas a alunos de 6 a 17 anos, além de uma aluna especial de 45 anos.

Araújo fez questão de frisar que a capoeira vai além da prática esportiva, promovendo transformação social. “Estou há quatro anos no projeto e já vi mudanças significativas. Muitos jovens que antes estavam ociosos ou em situações de vulnerabilidade passaram a ocupar o tempo com a capoeira. Ela é, para mim, uma filosofia de vida, que ensina disciplina, respeito e alegria”, destacou.

A superintendente de Programas Especiais da ALERR, Marília Pinto, ressaltou que o valor histórico e pedagógico da modalidade dentro do CCJuv é muito significativo, além de proporcionar benefícios para a saúde.

“A capoeira é um dos estilos mais bonitos de luta e de autodefesa, surgida como resistência na época da escravidão. Ela exige força, agilidade, concentração e flexibilidade, além de envolver música e dança. É uma prática que agrega diversas habilidades do corpo e da mente”, complementou.

BRUNA CÁSSIA