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Polícias Civil e Militar prendem homem por sequestro, tortura e tentativa de feminicídio contra a mulher

Publicada em: 17/09/2025 17:24 -

A prisão foi efetuada na Rodoviária Internacional de Boa Vista, quando o homem tentava embarcar rumo a Manaus / Foto: Ascom/PCRR /

A PCRR (Polícia Civil do Roraima), por meio da DEAM (Delegacia Especializada Atendimento à Mulher) em ação integrada com a PMRR (Polícia Militar do Roraima), cumpriu nesta terça-feira, dia 16, o mandado de prisão preventiva contra A. B. A., de 29 anos, pelos crimes de sequestro e cárcere privado, tortura, ameaças e tentativa de feminicídio contra sua ex-companheira, de 23 anos.

A prisão foi efetuada na Rodoviária Internacional de Boa Vista, quando o homem tentava embarcar rumo à cidade de Manaus-AM. A ação policial contou ainda com parceria da PCAM (Polícia Civil do Amazonas), que atendeu a vítima, após ela retornar para Manaus, cidade onde reside.

De acordo com informações prestadas pela delegada da DEAM, que preside as investigações, Kamilla Basto, o homem é acusado de ter agredido e mantido sua companheira em cárcere privado. No dia 06 de agosto deste ano, ela veio a Boa Vista para conhecer a família do companheiro, com quem mantinha um relacionamento por aproximadamente sete meses.

Porém, ainda segundo a delegada, no dia 22 de agosto, o homem a abordou e pediu que ela lhe entregasse seu aparelho de telefone celular. Ela contou que o acusado ficou transtornado ao perceber que havia conversas entre a vítima e uma amiga, de Manaus/AM, que é irmã de um ex-namorado da vítima.

A vítima relatou ter sido agredida física e psicologicamente, além de ser impedida de sair da casa ou se comunicar com familiares, sendo ameaçada de morte.

“Ela foi mantida em cárcere privado por cinco dias, onde foi espancada, perfurada por vidros na cabeça, braço e peitoral, teve o cabelo cortado com faca e ameaçada de morte, sendo submetida à sucessivas agressões até dia 26 de agosto. Neste dia o agressor levou a vítima para almoçar na casa de familiares e ao ser questionada por que estava quieta, o agressor a tirou do local”, detalhou a delegada.

Conforme a delegada da DEAM, no retorno do almoço, o homem parou em um estabelecimento comercial, onde ela foi obrigada a fazer uma chamada de vídeo para a família, informando que o agressor iria matá-la.

“No momento da transmissão do vídeo o irmão da vítima começou a discutir com agressor, dando à mulher a oportunidade de fugir e pedir socorro a um desconhecido que passava de carro no local”, explicou a delegada.

O suspeito se evadiu do local assim que percebeu que a mulher havia escapado. As pessoas que a ajudaram orientaram a acionar a Polícia e formalizar a denúncias, mas por medo, entrou em contato com sua família que mora em Manaus e comprou a passagem para retornar para cidade no mesmo dia.

Ao chegar em Manaus, a mulher imediatamente compareceu à Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher - Norte/Leste, que a encaminhou para exame de corpo de delito no IML (Instituto de Medicina Legal) daquele Estado. Além disso, a vítima requereu MPU (Medida Protetiva de Urgência).

As declarações prestadas por ela foram encaminhadas à DEAM em Roraima, onde a violência ocorreu. A delegada Kamilla Basto instaurou Inquérito Policial por portaria e representou pela prisão preventiva do acusado.

“Ele agiu com muita crueldade com a vítima e, mesmo ela conseguindo escapar de Roraima para sua cidade, ele pretendia ir à procura dela. Então, neste caso, representamos por sua prisão, considerando esse instrumento como a única medida capaz de garantir a ordem pública, preservar a integridade da vítima, assegurar a colheita das provas e impedir a consumação do feminicídio anunciado pelo autor”, detalhou a delegada.

Kamilla Basto informou ainda que o agressor possui outra ação penal por violência doméstica em Boa Vista. A equipe da Polícia Militar realizou diligências, localizou e prendeu o homem quando ela tentava sair de Boa Vista, de ônibus, para Manaus. Ele foi conduzido à sede da DEAM, onde teve a prisão formalizada pela delegada e, na manhã desta quarta-feira, dia 17, foi apresentado na Audiência de Custódia.
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Polícia Civil cumpre mandado de prisão de homem acusado de estuprar e engravidar a própria irmã

Diligências conduzidas pela PCRR (Polícia Civil de Roraima) por intermédio da Delegacia de Pacaraima, resultaram no cumprimento do mandado de prisão temporária de M.A.C., de 26 anos, acusado de estuprar e engravidar a própria irmã, atualmente com 17 anos. O homem foi localizado e preso nesta terça-feira, dia 16, na comunidade indígena Samã I, no município de Pacaraima.

O cumprimento do mandado de prisão foi diligenciado pelo delegado Robin Felipe, após determinação da comarca de Pacaraima do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima).

Segundo informações do delegado responsável pelo caso, o homem é acusado de abusar sexualmente da própria irmã desde que ela tinha 12 anos. Em abril deste ano, a vítima, acompanhada do pai, procurou uma unidade de saúde para realizar um teste de gravidez, mas foi informada de que não havia material disponível para o exame. Diante disso, ela foi encaminhada ao Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré, em Boa Vista, onde aproveitou a oportunidade para relatar os abusos a uma enfermeira.

A adolescente foi conduzida até uma delegacia para denunciar os fatos. Na delegacia, a vítima, que está grávida de sete meses, relatou que abusos tiveram início quando ela possuía apenas 12 anos e que a prática era realizada sempre na ausência de familiares e quando estava em casa sozinha com o acusado.

A vítima relatou ainda à polícia que o primeiro abuso ocorreu após um convite do acusado para pescar. Segundo ela, depois de caminharem por vários quilômetros, o homem afirmou que queria manter relações sexuais e, diante da negativa, ele a ameaçou com um facão, amarrou seus braços com uma corda e a violentou, advertindo que a mataria caso contasse a alguém.

A jovem disse ainda não saber quantas vezes foi abusada, pois os estupros ocorreram em diversas ocasiões. Ela contou que chegou a relatar os fatos aos pais, mas eles não acreditaram nela e nenhuma providência foi tomada. Disse ainda que os pais apenas pediam para o acusado parar, o que era ignorado por ele.

Ainda de acordo com a adolescente, os estupros eram recorrentes até os 14 anos, momento em que o acusado cessou os atos por ter se casado.

Ainda segundo o relato da vítima ao delegado, o homem ficou casado por aproximadamente seis meses, mas se divorciou e voltou a residir com a família, e tornou a violentá-la novamente. Ao completar 17 anos, com a violência sexual recorrente, somadas à violência física e as ameaças de morte, ela decidiu pedir ajuda.

Em depoimento à Polícia, a mãe da vítima afirmou que tomou conhecimento dos abusos por meio da própria filha. Ao confrontar o suspeito, ele relatou que, no dia anterior ao primeiro abuso, um casal teria ido até sua residência pedir comida e, como só tinha café, ofereceu a bebida. Em troca, segundo ele, o casal o teria lhe dado um cigarro.

M.A.C. contou à mãe que após fumar o cigarro ficou transtornado, tentou se matar e abusou sexualmente da irmã. Além disso, a própria mãe da adolescente justificou os abusos praticados pelo filho relatando que ele teria sido vítima de estupro pelos “rabudos” quando criança, referindo-se a uma figura do imaginário popular amazônico, associada ao mal e à violência, presente em contos transmitidos em áreas indígenas e comunidades ribeirinhas.

Após os envolvidos serem ouvidos na unidade policial, o delegado representou pela prisão temporária de M.A.C. por estupro de vulnerável, corroborada pelo MPRR (Ministério Público de Roraima), e deferida pelo Poder judiciário. Por temer represálias, a vítima solicitou MPU (Medida Protetiva de Urgência), que também foi deferida pela justiça. No entanto, foi constatado que a medida foi descumprida ao localizarem e prenderem o acusado na mesma residência em que ela mora.

O homem foi conduzido à Delegacia de Pacaraima para a formalização da prisão, e, posteriormente apresentado na Audiência de Custódia. Segundo o delegado, como o infrator está preso, há um prazo de dez dias para relatar o Inquérito Policial, ocasião em que vai representar pela conversão da prisão temporária em preventiva.

DA REDAÇÃO


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