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TCERR cria grupo técnico para estudar erradicação de lixões em Roraima

Publicada em: 25/07/2025 10:04 - Política Economia Infraestrutura

A experiência pernambucana, iniciada em 2014, servirá de modelo para que os avanços também se concretizem em Roraima / Foto: Secom/TCE-RR /

Em uma iniciativa inédita no estado, o Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR) instituiu nesta quinta-feira (24) um Grupo de Trabalho com a missão de orientar os municípios na substituição de lixões e aterros controlados por aterros sanitários. A ação será desenvolvida em parceria com o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), referência nacional no tema e vencedor do Prêmio Innovare pela erradicação de lixões em seu território.

O grupo técnico terá 180 dias para concluir os estudos e elaborar diretrizes voltadas aos gestores municipais, com foco na sustentabilidade ambiental, saúde pública e uso eficiente dos recursos públicos. A medida tem respaldo no artigo 225 da Constituição Federal e nas diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), reforçando o papel do Tribunal como órgão fiscalizador e, sobretudo, promotor de boas práticas na administração pública.

A criação do grupo responde ao cenário alarmante vivido por muitos municípios roraimenses, que ainda enfrentam a existência de lixões a céu aberto e estruturas inadequadas de descarte, em desacordo com a legislação e os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU. A experiência pernambucana, iniciada em 2014, servirá de modelo para que os avanços também se concretizem em Roraima.

A iniciativa está alinhada à realização do IV Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas (CATC), que ocorrerá em Boa Vista entre os dias 22 e 24 de outubro, no Centro Amazônico de Fronteiras (CAF).

Com o tema “Governança Climática e Justiça Socioambiental: o papel do Setor Público e dos Tribunais de Contas na construção da sustentabilidade”, o evento reunirá entre 800 e 1.000 participantes de todo o país, sendo uma oportunidade para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre o papel do controle externo na agenda ambiental.

Para o presidente do TCERR, conselheiro Brito Bezerra, a proposta reforça o compromisso da Corte com a orientação e o suporte técnico aos gestores.

“O TCERR está aqui para ser um indutor de políticas públicas. Mais do que punir, o tribunal deseja atuar como orientador de boas práticas, abraçar e ser um amigo do gestor público, pois entendemos que, no final, quem ganha é a sociedade. O gestor que faz a lição de casa é bem visto pela população”, destacou.

LUCYARA DUARTE


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