Operação da Polícia Civil prende quatro policiais militares do Bope acusados de ficarem com droga apreendida
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29/01/2025 17H42
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em apoio ao Ministério Público de Roraima / Foto: Divulgação/PCRR /
A PCRR (Polícia Civil de Roraima) deflagrou na manhã desta quarta-feira, dia 29, uma operação para cumprir quatro mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão contra policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
A Operação Policial "Quem Pariu Mateus que o Embale" foi deflagrada pela Polícia Civil em apoio ao MPRR (Ministério Público de Roraima).
A PCRR foi requisitada pelo Ministério Público para cumprimento das diligências. Os mandados foram executados em quatro alvos localizados nos bairros Alvorada, Liberdade, Tancredo Neves e Raiar do Sol, todos na Zona Oeste de Boa Vista.
A ação foi coordenada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), sendo conduzida pelo delegado titular da DGH (Delegacia Geral de Homicídios), João Evangelista.
A operação contou com o apoio de três delegados e equipes policiais do DPJC (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), além de policiais do DOPES (Departamento de Operações Especiais) por meio do GRT (Grupo de Resposta Tática) e ainda uma equipe do DEINT (Departamento de Inteligência) da SESP (Secretaria de Segurança Pública).
A investigação segue em segredo de justiça e está sob a responsabilidade do MPRR, mas a reportagem da Opinativa apurou que a operação é desdobramento da prisão em fragrante de C.K.L.G., de 19 anos, com 55kg de entorpecentes, efetuada pela Força Tática no bairro Dr. Silvio Leite, no dia 16 de novembro ano passado.
As investigações do MPRR apontam que, na verdade, os policiais acusados apreenderam mais de 70 kg de drogas durante a abordagem, mas só apresentaram os 55 kg na delegacia. Eles são investigados peplos crimes de prevaricação, concussão ou extorsão, lesões corporais e/ou ameaças e/ou constrangimento ilegal, inovação do estado de lugar, tráfico de drogas, peculato e falsidade ideológica.
Sobre o nome da operação
O nome da operação remete ao ditado popular "Quem Pariu Mateus que Embale". Significa que a responsabilidade sobre uma situação cabe exclusivamente a quem a criou. O ditado é utilizado, geralmente, quando alguém quer dizer que não vai cuidar dos filhos dos outros, reforçando que alguém deve lidar com as consequências de seus próprios atos.
O que diz a PMRR
O Comando da Polícia Militar se pronunciou sobre a operação por meio de nota. Conforma a nota, a PMRR diz que a Corregedoria-Geral acompanhou a execução da ordem judicial juntamente com um oficial da corporação e colabora integralmente com as investigações "fornecendo todas as informações solicitadas pelos órgãos competentes e adotando as medidas necessárias para o total esclarecimento dos fatos". Leia a nota na íntegra abaixo:
"A Polícia Militar de Roraima vem a público esclarecer que colabora integralmente com as investigações, fornecendo todas as informações solicitadas pelos órgãos competentes e adotando as medidas necessárias para o total esclarecimento dos fatos.
Informa que a Corregedoria-Geral da PMRR acompanhou a execução da ordem judicial juntamente com um oficial da corporação.
A prisão dos militares é temporária e ainda passarão por audiência de custódia, na qual serão avaliados os fundamentos que motivaram a detenção dos envolvidos.
A PMRR reafirma o compromisso com a transparência, a ética e a legalidade, não tolerando condutas que comprometam a confiança e o respeito da sociedade na corporação militar."
DA REDAÇÃO
Categoria:Polícia