INTERMEDIAÇÃO: Programa da ALE-RR atende denúncia de moradores sobre esgoto estourado no bairro Cinturão Verde

Fiscaliza recebe e encaminha denúncias, reclamações e sugestões dos cidadãos aos órgãos competentes / Foto: Alfredo Maia /

O Programa Fiscaliza da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) recebe denúncias sobre problemas em serviços públicos e as encaminha aos órgãos competentes. Nesta terça-feira (13), uma equipe do órgão acompanhou a solução de um problema de esgoto estourado no bairro Cinturão Verde, em Boa Vista.

Moradores vêm enfrentando o problema há mais de um ano, o que prejudica a qualidade de vida e a locomoção no entorno. “Minha maior preocupação é com as crianças e com a higiene. É um esgoto a céu aberto, imagine o risco de doenças. Como mães, não podemos manter as crianças em casa o tempo todo, elas brincam aqui fora, e isso representa um grande perigo”, contou a microempresária Edila Ferreira, que mora há três anos na rua afetada.

“Enfrentamos isso há muito tempo, e sabemos disso por causa das solicitações de serviços à Caer [Companhia de Águas e Esgotos de Roraima]. Todos os moradores sempre solicitaram, porque esse não é só um problema da casa da frente, é de toda a rua. Quando passamos, os resíduos são levados pelos carros, o que acaba trazendo sujeira para dentro das garagens”, complementou a também moradora Sonayra Cruz.

Segundo ela, o ápice dos transtornos ocorreu no último fim de semana, quando houve quatro dias seguidos de detritos vazando na rua. Apesar da mobilização dos moradores, que entraram em contato com a Caer pelos canais remotos, mas não obtiveram sucesso. A solução foi buscar a intermediação do Fiscaliza.

“De forma muito abrupta, estava vazando muita água, que chegou a retornar para cima da minha calçada. Foi quando procuramos novamente a Caer, mas não solucionaram. Na segunda-feira, um morador entrou em contato com o Fiscaliza, que enviou uma equipe para verificar o vazamento e dar orientações. Após a visita, o programa abriu um pedido de serviço na Caer”, explicou.

Rhomer Lima, diretor do Fiscaliza, liderou a equipe que averiguou a situação com técnicos da Caer. Ele informou que problemas de esgoto são as queixas mais frequentes e explicou que a solução definitiva virá na época de estiagem. Por enquanto, o serviço é paliativo.

“Esse problema de esgoto é recorrente, às vezes por mau uso dos moradores. Além disso, algumas pessoas até ligam as águas pluviais ao sistema de esgoto, o que não é permitido. Em relação à manutenção, nesse caso específico, é necessária uma escavação bem profunda, cerca de sete metros, segundo os técnicos. Como no período de chuvas o lençol freático sobe muito e o terreno fica instável, não há como escavar, pois há risco de desmoronamento. É necessário aguardar o período de seca para iniciar essa obra. Hoje, eles estão aqui para fazer um serviço que solucionará o problema provisoriamente, mas já identificaram a causa e restabelecerão o sistema no verão”, esclareceu aos moradores.

O diretor enfatizou que o programa acompanhará a normalização da situação, atuando como um instrumento de cidadania. “A Caer não tem uma equipe de manutenção que possa estar presente o tempo todo para monitorar o problema. Com o Fiscaliza, estamos mais presentes junto à população, e a sociedade nos traz essas informações. Então recorremos a eles, informando e solicitando urgência”, destacou.

Canais de atendimento

O Fiscaliza tem como objetivo principal receber e encaminhar denúncias, reclamações e sugestões dos cidadãos aos órgãos competentes. O programa atua em diversas áreas, como infraestrutura urbana, saúde, educação e segurança pública. Para registrar uma denúncia ou solicitação, os cidadãos têm várias opções:

1. Presencialmente: na sede da Superintendência de Programas Especiais, localizada na Avenida Ataíde Teive, nº 3.510, bairro Buritis, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
2. WhatsApp: pelo número (95) 98402-1735.
3. site: acessando al.rr.leg.br/fiscaliza, onde também é possível acompanhar o andamento das solicitações.

Ao fazer uma denúncia, é importante fornecer o máximo de detalhes possível, incluindo texto descritivo, fotos ou vídeos, e o endereço preciso do local afetado. Essas informações ajudam a equipe técnica do Fiscaliza a agir de forma mais eficiente.

SUELLEN GURGEL