NO HEMORAIMA: Voluntários falam da experiência de salvar vidas no dia do doador de sangue

A campanha, que iniciou na segunda-feira, 22, está com fluxo elevado de doadores, comparado a outras semanas / Foto: Ascom/Sesau /

Dia de muita solidariedade e amor ao próximo no Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima). Desde que abriu as portas nesta quinta-feira, 25, dia do doador voluntário de sangue, a Unidade passou por uma rotina atípica com mais de 100 doações que vão reforçar o banco de sangue para que seja possível suprir todas as demandas de fim de ano.
 
“É muito importante toda a mobilização que está ocorrendo durante esses dias e principalmente nesta quinta-feira [25]. Não só nesta como em todas as outras semanas, o Hemoraima sempre esteve de portas abertas com equipe multiprofissional preparada para cuidar da nossa população, e nós reconhecemos e parabenizamos o papel fundamental que cada doador tem nessa história”, disse o governador Antonio Denarium.
 
De acordo com a gerente de Captação do Hemoraima, Juliane Uchoa, a campanha, que iniciou na segunda-feira, 22, está com fluxo elevado de doadores, comparado a outras semanas.
 
“Pela recepção do Hemoraima já passaram mais de 100 doadores, e normalmente, metade desse público comparece em dias que não são dedicados exclusivamente a uma mobilização como essa que estamos presenciando hoje. A gente espera que em outros dias, os doadores continuem comparecendo com essa mesma vontade, porque isso é necessário para que o estoque permaneça em nível adequado", disse.
 
Sensibilização feita por amigos e conhecidos têm feito a diferença nas doações
 
Atualmente o Hemoraima conta com 70.594 doadores cadastrados, e todo dia é uma nova oportunidade para somar nesse time solidário. Exemplo disso é a iniciativa tomada pelas três amigas Kariane, Fernanda e Janaina. Ambas combinaram que doaram juntas, e viram no dia doador a oportunidade perfeita.
 
No Hemoraima pela primeira vez, a manicure Kariane Cavalcante, de 26 anos, revela que convivia com a vontade de doar sangue há bastante tempo, porém o medo da agulha a impedia. Mas graças ao incentivo das amigas, ela encontrou força de vontade e concluiu que não havia o que temer.
 
“Graças a Deus está sendo tranquilo e não é exatamente como o medo me fazia imaginar. E outra. Eu sinto que estava devendo isto porque há um ano atrás eu estava internada precisando de uma transfusão e era um período em que o estoque estava escasso. Eu precisava muito e, felizmente, pude contar com a ajuda da minha família. Sem falar que, naqueles dias, meus familiares também doaram pela primeira vez justamente porque eu estava precisando. Por isso eu acredito que agora é a minha hora de retribuir para alguém o bem que me fizeram”, disse.
 
Também doando pela primeira vez, a esteticista Janaína de Oliveira, de 36, ressalta o tratamento humanizado que recebeu na Unidade desde a triagem até a sala de captação, o que, segundo ela, contribuiu para que ela pudesse se sentir mais tranquila no processo.
 
“Foi tudo maravilhoso! Fui muito bem atendida. Com certeza vou continuar por muito tempo, se Deus quiser. Não sai da minha cabeça agora que o que a gente está fazendo é, realmente, salvar vidas, por isso é muito importante. Valeu a pena o convite”, destacou.
 
Quem fez o convite foi a biomédica, Fernanda de Brito, de 33 anos. Ela já é doadora há três anos e rebate as desculpas de quem diz que não realiza a doação por falta de tempo.
 
"Tempo é desculpa. Eu estava falando justamente isso para as minhas amigas. Elas estavam curiosas pra saber como seria e disse que há muito tempo sou doadora e que demora em torno de três minutos e alguma coisa a doação. Da mesma forma eu peço a todos que ainda não vieram, principalmente nesta semana, que venham porque não passa de uma picadinha, e apenas disso que você precisa para ajudar muitas pessoas”, reforçou.
 
O secretário de saúde Leocádio Vasconcelos esteve presente no Hemoraima, na tarde desta quinta, e ao acompanhar a movimentação na Unidade destacou o quanto é necessário que a população valorize atos de solidariedade como este.
 
“Olha, eu fui doador durante muitos anos. Doador de sangue, doador de plaquetas, porque eu acho de uma tamanha relevância! É preciso que a população se conscientize cada dia mais dessa necessidade, que não faz mal a quem está doando. Muito pelo contrário, faz bem a quem doa e mantém vivo quem recebe. É um gesto simples que precisa ser valorizado cada vez mais”, destacou.

LUCAS SECHI
Categoria:Saúde

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