Campanha da ALE-RR incentiva população a se vacinar e a se prevenir contra covid-19

Institucional “Vem Tomar Vacina” orienta as pessoas a tomarem a primeira e segunda dose / Foto: Eduardo Andrade /

A Assembleia Legislativa de Roraima lança hoje a campanha “Vem Tomar Vacina”, para conscientizar a população para a importância da imunização e combate à disseminação da covid-19 no Estado. O material está disponível na programação das rádios e TVs locais, bem como nas redes sociais do Poder Legislativo (@assembleiarr).

Desde o início da gestão, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado Sampaio (PCdoB), tem se preocupado em orientar a população a seguir os protocolos de biossegurança. Com a baixa procura pela segunda dose das vacinas nos pontos da capital e do interior, a campanha faz um alerta sobre a necessidade da imunização.

“É importante manter o distanciamento social, usar a máscara, e vacinar. A vacina é a única alternativa para tentarmos sair da pandemia e voltarmos para o novo normal. O Poder Legislativo tem esse papel de auxiliar também com informações”, ressalta o presidente, ao focar na eficácia dos imunizantes, principalmente com a entrada de variantes da doença no país.

A vacinação em Roraima começou em 17 de janeiro deste ano. De lá para cá, 281.787 doses foram aplicadas. Destas, 9.171 pessoas foram imunizadas em dose única. Dados do Vacinômetro, da Secretaria Estadual de Saúde, revelam que 204.205 tomaram a primeira dose. Para a completa eficácia da imunização são necessárias as duas doses da vacina, mas até o momento, somente 68.411 receberam a segunda dose.

E mesmo quem perdeu o prazo estabelecido no cartão de vacinação, deve comparecer aos pontos de Saúde. A mesma orientação é dada para quem ainda não tomou a primeira dose por não ter acompanhado o calendário. Quem está na faixa dos 20, 30, 40, 50, 60 ou 70 anos, basta procurar um dos pontos de imunização para tomar a vacina.

A médica pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, tornou-se um dos rostos mais frequentes na mídia como uma das porta-vozes da ciência, em um esforço incansável para levar orientações e informações confiáveis para a população. Com décadas de experiência na saúde pública, a médica não tem dúvidas em afirmar que “a vacina é a única e perfeita solução de controle de uma epidemia do porte da covid-19”.

Cuidados necessários

A campanha “Vem Tomar Vacina” mostra a necessidade de as pessoas manterem o calendário vacinal completo, com as duas doses, bem como seguir os protocolos de distanciamento social, uso de máscara e álcool gel.

O radialista Ribamar Rocha, 53 anos, está ansioso para receber a segunda dose da vacina Astrazeneca. “Quando começou a vacinação eu procurei tomar logo, e estou aguardando a segunda dose. Inclusive, fiquei muito feliz com a antecipação”, disse. Ele contraiu a doença em 2020 num quadro considerado assintomático, descoberto após vários exames.

Do mais velho ao mais novo, o conselho do radialista é um só. “A vacina já está aí, que as pessoas se vacinem dentro da sua faixa etária, pois vejo essa medida como a única salvação que temos para tentar voltar a nova normalidade. Sem vacina não dá para conviver”, afirmou, ao pedir que todos continuem com distanciamento social e respeitando as medidas sanitárias.

O jornalista Wirismar Ramos, 52 anos, também acredita na proteção da vacina e não vê a hora de tomar a segunda dose da AstraZeneca. “Acredito que a vacina tenha, sim, me protegido. Peguei covid cerca de um mês depois de ter tomado a primeira dose. Tive sintomas leves, tosse e fraqueza no corpo. Comecei a tomar a medicação assim que testei positivo e graças a Deus consegui passar pela fase de infecção de forma tranquila”, disse.

Ramos conta que a esposa recebeu a primeira dose uma semana após o contágio, não tendo tempo de criar anticorpos. “Ela sentiu mais sintomas, teve febre, cansaço, 25% do pulmão comprometido, garganta inflamada, mas também não evoluiu para algo mais grave. A nossa filha, de 4 anos, também sentiu a garganta, teve febre e diarreia, mas os sintomas passaram logo”, relata.

O jornalista acrescenta que a mãe dele, que tem 74 anos, já havia recebido a segunda dose da CoronaVac e passou ilesa pelo turbilhão que atingiu a família. No entanto, a irmã não teve a mesma sorte. “Ela adoeceu dias antes de chegar a faixa etária dela para tomar a primeira dose da vacina e evoluiu rápido para a intubação e óbito”, lamenta.

Intervalo entre as doses

Das quatro vacinas liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem aplicadas no Brasil e utilizadas em Roraima, em três delas, devem-se tomar a segunda dose em intervalos diferenciados.

A Coronavac, do Instituto Butantan, tem um intervalo entre 14 e 28 dias após aplicação da primeira dose. Já a Astrazeneca/Oxford, que tem parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reduziu o intervalo de 90 para 60 dias, desde o dia 13 de julho. Somente a Janssen-Cilag, da unidade farmacêutica Jhonson&Jhonson, é dose única.

Pontos de vacinação em Boa Vista

Na capital são cinco pontos de vacinação que funcionam de segunda a sábado, das 8h30 às 17h: Terminal de ônibus Luiz Canuto Chaves – Centro; Quadra do CRAS no Parque Germano Augusto Sampaio – Pintolândia; Quadra Poliesportiva Edécio Marques de Sousa – Praça Cidade Satélite; Centro Universitário Estácio da Amazônia – bairro União e Roraima Garden Shopping – bairro Caçari.

Calendário de vacinação 

A capital Boa Vista já está imunizando pessoas acima de 20 anos sem comorbidades. É só procurar um dos pontos de vacinação. No período de 19 a 24 de julho, para faixa de 25 a 20 anos; nos dias 26 e 27 para jovens de 18 a 19 anos.

Para vacinar é necessário apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, carteira de trabalho ou passaporte), cartão de vacinação (se tiver), cartão do SUS ou CPF, e um comprovante de residência, original e cópia.

YASMIN GUEDES
Categoria:Saúde

Deixe seu Comentário